O grande defeito do iMessage, o aplicativo de bate-papo e SMS da Apple, é que ele funciona apenas nos sistemas operacionais da empresa. Isso, porém, não impediu que alguém fizesse um clone funcional do aplicativo para a plataforma Android. Mas nem tudo é perfeito: sem suporte da Apple, usuários descobriram detalhes preocupantes sobre o funcionamento do programa.
Alguns usuários relatam que o programa realmente funciona e outros alegam que a comunicação só é possível entre dispositivos com Android. Nesse meio tempo, curiosos como o hacker criador da loja alternativa Cydia, Jay Freeman, descobriram que por baixo de sua interface, o app utiliza métodos que podem comprometer a segurança e a privacidade.
Freeman descobriu que o iMessage para Android direciona todas as comunicações que deveriam chegar aos servidores da Apple para outro servidor, na China. Já o usuário Adam Bell descobriu que, para contornar as restrições que evitam solicitações de bate-papo falsificadas e conversas com os servidores da Apple, o app se identifica como sendo um Mac mini. Outro curioso, Steven Troughton-Smith, descobriu um problema muito grave e preocupante: o iMessage não-oficial consegue baixar e instalar outros apps em segundo plano, sem o conhecimento do usuário.
O site TechCrunch entrou em contato com Zengyi, o desenvolvedor do aplicativo. Segundo ele, os métodos usados pelo programa são necessários para “garantir que a mensagem possa ser recebida em qualquer horário”. Ele também informou que está trabalhando em uma atualização que dispensará o servidor, realizando todo esse suposto processamento de dados localmente. Quanto à instalação de apps em segundo, ele garantiu que o app é totalmente gratuito e que não tem qualquer tipo de malware ou anúncio. Para debater questionamentos sobre seu app e divulgar novidades, o desenvolvedor criou um perfil no Twitter.
Apesar de todos esses esclarecimentos do desenvolvedor, ainda pairam muitas incertezas sobre o real funcionamento desse aplicativo. Por isso, o melhor a ser feito nesse momento é não utilizar o app, pelo menos, até que tudo esteja realmente esclarecido e as peculiares estratégias dele não estejam mais sendo usadas.
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